A fisioterapia desempenha um papel crucial no sistema de saúde, contribuindo para o bem-estar e a reabilitação de pessoas de todas as idades. Seu escopo de atuação abrange desde a recuperação de lesões agudas até o gerenciamento de condições crônicas, sempre com foco na melhoria da função física e na qualidade de vida dos indivíduos.
Dessa forma, a fisioterapia é uma profissão da área da saúde que utiliza uma ampla variedade de técnicas e abordagens terapêuticas, incluindo exercícios terapêuticos, manipulação física, agentes físicos (como calor, frio e eletricidade), além de orientação e educação para os pacientes. Neste artigo, vamos conhecer um pouco da história da profissão, a realidade do mercado no Brasil e o que você precisa fazer para ser um fisioterapeuta. Vamos nessa?
História da Fisioterapia no Brasil
Os primeiros relatos do uso de recursos físicos no Brasil remontam a 1879, quando o país estava passando pela fase industrial, resultando em um aumento nos acidentes de trabalho e, consequentemente, na necessidade de cuidados de saúde. Contudo a prática formal da Fisioterapia teve início apenas em 1919, com a fundação do Departamento de Eletricidade Médica na Faculdade de Medicina da USP, sob a liderança do professor Raphael de Barros.
O próximo grande passo da área no Brasil aconteceu no ano de 1951, com a criação do primeiro curso de Fisioterapia no Brasil, inicialmente com duração de um ano. Devido à crescente demanda, o curso foi posteriormente estendido para dois anos.
Em 1963, os cursos de Fisioterapia receberam reconhecimento oficial e passaram a ter uma duração de três anos, conforme o parecer 388/63 do Conselho Federal de Educação. No ano seguinte, em 1964, foi estabelecido o primeiro currículo mínimo para a formação de Técnicos em Fisioterapia, abrangendo matérias como Fundamentos da Fisioterapia e Terapia Ocupacional, Ética e História da Reabilitação, Administração Aplicada, Fisioterapia Geral e Fisioterapia Aplicada.
A partir daí a profissão de fisioterapeuta foi elevada ao nível superior em 1969, de acordo com o decreto lei 938/69. Em dezembro de 1975, a Lei 6.316 criou o Conselho Federal e os Conselhos Regionais de Fisioterapia e Terapia Ocupacional, com o objetivo de regulamentar, legislar e fiscalizar o exercício dessas profissões.
Desde então, o COFFITO (Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional) e os CREFITOs (Conselhos Regionais de Fisioterapia e Terapia Ocupacional) trabalharam em diretrizes gerais para a prática e o ensino adequados da Fisioterapia no Brasil, contribuindo para o contínuo desenvolvimento da profissão.
Quantos fisioterapeutas existem no Brasil?
De acordo com o COFFITO, 240 mil pessoas exercem a profissão de Fisioterapeuta no Brasil. Ainda segundo o Conselho Federal, a região Sudeste concentra a maior quantidade de fisioterapeutas do país, com 109.463 profissionais. Em seguida temos o Nordeste, com 61.576 profissionais. As regiões Norte, Centro-Oeste e Sul completam a lista com, respectivamente, 25.274, 32.830 e 10.957 fisioterapeutas.
Em relação às cidades, o município de São Paulo é o que possui a maior quantidade de fisioterapeutas do Brasil, com 25.366 profissionais. Em seguida, vem o município do Rio de Janeiro, com 12.996 profissionais, e as cidades de Belo Horizonte, Salvador e Fortaleza, com 10.202, 8.622 e 6.954 profissionais, respectivamente.
Quais funções um fisioterapeuta pode exercer?
Se engana quem pensa que a Fisioterapia consiste apenas em uma função geral. Cada tipo de intercorrência exige a aplicação de técnicas específicas para o melhor tratamento do paciente. Por conta disso, várias especialidades em Fisioterapia foram surgindo e se desenvolvendo. Vamos conhecer algumas:
- Fisioterapia Ortopédica: trata lesões musculoesqueléticas, como fraturas, entorses, luxações, tendinites e lesões esportivas. Eles se concentram na restauração da função e na redução da dor.
- Fisioterapia Neurológica: essa especialidade lida com distúrbios do sistema nervoso, como acidente vascular cerebral (AVC), lesões medulares, esclerose múltipla e doença de Parkinson. O objetivo é melhorar a mobilidade e a independência dos pacientes.
- Fisioterapia Respiratória: trata de pacientes que têm condições respiratórias, como asma, bronquite e tuberculose, além de dificuldades cardiorrespiratórias. Eles ajudam a melhorar a capacidade pulmonar e a função cardiovascular.
- Fisioterapia Pediátrica: atende crianças com condições que afetam seu desenvolvimento físico, como paralisia cerebral, distrofia muscular e atrasos no desenvolvimento motor.
- Fisioterapia Geriátrica: especialistas em Fisioterapia geriátrica atendem idosos, ajudando a melhorar a mobilidade, prevenir quedas e promover a independência em idades avançadas.
- Fisioterapia Esportiva: trabalham diretamente com atletas para prevenir lesões, tratar lesões esportivas e melhorar a performance atlética.
Qual é o salário de um profissional de Fisioterapia?
Já se perguntou qual área da Fisioterapia ganha mais? Em média, um fisioterapeuta no Brasil ganha R$ 2.814,64 por mês. Esse valor, no entanto, varia de acordo com a especialidade. Confira a tabela de média salarial por especialidade:
| Fisioterapia Geral |
R$ 2.773,00 |
| Fisioterapia Ortopédica |
R$ 3.120,00 |
| Fisioterapia Neurológica |
R$ 3.120,00 |
| Fisioterapia Respiratória |
R$ 2.852,00 |
| Fisioterapia Pediátrica |
R$ 3.289,00 |
| Fisioterapia Geriátrica |
R$ 2.978,00 |
| Fisioterapia Esportiva |
R$ 3.311,00 |
| Fisioterapia Oncológica |
R$ 3.353,00 |
| Fisioterapia Dermatofuncional |
R$ 2.747,00 |
| Fisioterapia do Trabalho |
R$ 3.170,00 |
Cerca de 70% dos profissionais de Fisioterapia no país atuam de forma mais generalista. Dentre as funções mais específicas, a Fisioterapia do Trabalho, Respiratória e Ortopédica são as mais comuns, com 12,5%, 5,7% e 4,1%, respectivamente.
Como se preparar para atuar na Fisioterapia
Se a Fisioterapia é a profissão certa para você, o primeiro passo é buscar uma graduação na área, visto que 94% dos profissionais de Fisioterapia possuem graduação e o diploma é obrigatório para o registro nos Conselhos Regional e Federal.
Durante a graduação, é fundamental participar de estágios e práticas clínicas para adquirir experiência prática no campo. Essa experiência permite compreender a aplicação prática dos conceitos aprendidos em sala de aula e desenvolver habilidades essenciais.
Após concluir a graduação, chega o momento de se registrar no Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional da sua região, além do Conselho Federal. Dessa forma, você estará apto para exercer a profissão legalmente. Considere também cursos de pós-graduação, como especializações, mestrado ou doutorado, para ajudar a se aprofundar em áreas específicas da Fisioterapia.
Por fim, manter-se atualizado com as últimas pesquisas, técnicas e tecnologias é crucial, já que a Fisioterapia é uma área em constante evolução. Assim, obter certificações em áreas específicas, como Pilates, Acupuntura ou Fisioterapia Desportiva podem ser uma vantagem para sua colocação profissional.
Se você chegou até aqui, já tirou muitas dúvidas sobre o assunto e com certeza está pronto para decidir se vai ingressar ou não no mercado da Fisioterapia! Caso trabalhar em uma das principais profissões da área da saúde seja a sua vocação, você vai precisar cursar uma graduação de qualidade e se preparar adequadamente para ingressar no mercado de trabalho.
Na Unijorge, o estudante de Fisioterapia conta com um Instituto de Saúde à disposição para as aulas práticas e estágios supervisionados. No Campus Paralela, os alunos têm acesso a uma estrutura de ponta, incluindo o ginásio de neurologia, estúdio de pilates, hidroterapia e fisioterapia ortopédica e dermatofuncional, tudo com equipamentos completos e tutorado por uma equipe docente de referência.
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